A evolução da tecnologia e a nova normativa levaram a redes de distribuição no sentido das Smart Grids, dotando-as de elevados níveis de tecnologia e modernização totalmente impensáveis há uns anos. Esta situação é gerada pela necessidade de dispor de uma infraestrutura mais eficiente, reduzir as emissões de CO2, incorporar as renováveis dentro da rede de distribuição de Baixa Tensão e poder oferecer uma melhor qualidade de fornecimento.
O atual contexto tecnológico e normativo é ideal para propiciar a evolução e transformação das redes de distribuição. Contamos-lhe como se desenvolvem estes processos atualmente.
Uma aproximação ao conceito Smart Grid
Um dos pontos chave de uma Smart Grid é o equipamento de medição (contador) com o qual a distribuidora regista a energia consumida pelos seus clientes. Estes novos contadores são os chamados Smart Meters e são equipamentos que não só medem a energia, mas registam, tarificam e limitam o consumo e dispõe de comunicações que permitem à distribuidora saber, a cada momento, o estado do equipamento e a potência e energia procurada por cada um dos seus utilizadores. Para poder dispor desta comunicação permanente, o sistema mais viável e otimizado é a comunicação PLC.
SMART METERS
Um dos protocolos mais utilizados e mais implementados a nível mundial é o da Aliança PRIME (PRIME Alliance) com mais de 20 milhões de contadores instalados em todo o mundo. A CIRCUTOR dispõe de contadores e concentradores totalmente certificados e acreditados pela PRIME Alliance. O concentrador que oferece a CIRCUTOR para estes projetos é o COMPACT DC.
A família de concentradores COMPACT DC oferece diferentes prestações, tais como entradas/saídas para o controlo e monitorização de sensores externos, um modem integrado com funcionalidades de cibersegurança (túneis IPSec, DNVPN, Firewall, TACACS+), um supervisor de BT (contador indireto), uma bateria de apoio ou portas de série RS232/485.
Missão de um concentrador PLC
A principal missão de um concentrador PLC é ler, através da rede elétrica, os medidores de energia e exportar esses dados para um ou vários sistemas computacionais encarregados de gerenciar os concentradores e, na sua falta, os medidores.
Um dos handicaps da implementação de um sistema de telegestão PLC através da rede de distribuição existente é que esta se utiliza como rede de comunicações e, em alguns países, estas infraestruturas são muito diversas. Essa diversidade faz, inclusivamente, com que pertençam a diferentes períodos nos quais não se considerava a possibilidade futura de que utilizassem para algo mais do que para fornecer energia. Por isso, em algumas ocasiões, estas redes não são as mais favoráveis para uma comunicação PLC.
A importância dos protocolos PRIME
Perante estas infraestruturas que não são as mais favoráveis para uma comunicação PLC, os protocolos maduros e robustos como, por exemplo, o PRIME, juntamente com equipamentos protegidos e com estratégias de comunicações muito desenvolvidas (como, por exemplo, o concentrador COMPACT DC), demonstram a sua fiabilidade e robustez. Oferecem elevados KPI e resultados que permitem à distribuidora reduzir os seus custos de operação (OPEX), modernizando a sua infraestrutura.
Além dos equipamentos imprescindíveis para um sistema de telegestão como, por exemplo, o PRIME (concentradores e contadores), existem acessórios que podem ajudar a melhorar as comunicações PLC. Um exemplo são os repetidores PLC (Cirwatt Repeater) ou os filtros PLC, que atenuam o ruído que está dentro da mesma banda de frequências que a comunicação PLC/PRIME.
As unidades Circutor possuem tecnologia PLC PRIME, garantindo a coexistência com vários fabricantes e aplicações existentes, através de um protocolo aberto e público.
O sistema modular e flexível do COMPACT DC permite que o concentrador se adapte aos diferentes projetos nos quais participa a CIRCUTOR, adaptando o FW às funcionalidades específicas por cada rede elétrica. Por outro lado, graças ao sistema modular, permite adicionar prestações HW, como entradas/saídas, um modem integrado ou uma bateria de apoio para a funcionalidade da Last Gasp que permite que o concentrador cumpra com os requisitos específicos de cada DSO.
Esta capacidade de adaptação permite que o concentrador COMPACT DC participe em projetos de todo o mundo, incluindo UE, América Latina, Ásia e Médio Oriente.
Em conclusão, a telegestão com Smart Meters é um dos aspetos importantes dentro de uma Smart Grid, mas não é o único. Existem outros aspetos também relevantes que é necessário avaliar na hora de iniciar um projeto de transformação de uma rede de distribuição. Por exemplo, a supervisão da rede de BT, a automatização de média tensão e as comunicações.
São muitos os aspetos que deve ter em conta em relação às mudanças na rede de distribuição. De entre todos eles, destacam-se os protocolos, concentradores e contadores empregues.
Para mais informações sobre a supervisão em baixa tensão, ver de artigo:
Benefícios do monitoramento avançado BT
Aspectos essenciais para a correta supervisão de um centro de transformação
ESCRITO POR CIRCUTOR