Reto Autonomia – Nissan LEAF e+

Neste novo desafio de autonomia da #CircutorElectroChallenge conduzimos uma lenda da eletromobilidade, um Nissan LEAF e+, até ao limite da sua autonomia empregando, como sempre, as nossas melhores aptidões de Condução Eficiente e tranquila.

Pouco imaginavam os seus designers, no ano de 2010, que o veículo familiar, líder, amigo do ambiente, de acordo com o significado do seu nome, LEAF, seria o líder de vendas ao longo dos cinco anos seguintes até receber o redesign completo de que desfrutamos hoje em dia. Em 2017, converteu-se no primeiro carro elétrico a vender meio milhão de unidades.

Uma das particularidades importantes do Nissan LEAF e+, tal como acontece com os restantes modelos criadas no Japão, é o facto de que o carregamento rápido em corrente contínua se faz, ao contrário dos restantes veículos elétricos, empregando o conector e protocolo CHAdeMO e, portanto, é necessário verificar que o ponto de carregamento no qual planeamos parar, quando estamos em viagem, dispõe desta ligação.

A vantagem de dispor do protocolo CHAdeMO é que permite, desde há anos, a bidirecionalidade da corrente, ou seja, que podemos alimentar a nossa casa a partir do veículo, no caso de uma falha elétrica, sempre e quando tenhamos o carregador CC bidirecional instalado.

Na sexta-feira à tarde recolhemos o carro no estacionamento público de Paseo de Gracia, abrimo-lo, simplesmente tocando um botão na aplicação descarregada no nosso telemóvel. As chaves e cartões para o carregamento já estão dentro do carro. Perfeito!

Desconectamo-lo do eNext ao qual estava conectado e verificamos que as baterias estão a 100% e a sua autonomia é de 369 km. Conseguiremos ultrapassar o nosso desafio de hoje?

Consumos muito bons para um carro tão confortável e espaçoso. Tanto que é o carro utilizado pela MEC Carsharing, a empresa de carros partilhados de veículos elétricos de Barcelona que faz com que seja fácil a experiência de conduzir este tipo de veículos para todo o mundo. Simplesmente descarregar a aplicação, registar-se, localizar um carro num dos 14 estacionamentos públicos da cidade, reservar e ao estar junto ao veículo, abri-lo através do telemóvel.

Faremos a rota norte, até Figueres, Besalú, Olot e... Até onde chegaremos?
Sábado de manhã, saímos da sede da Circutor, em Viladecavalls. O carro está carregado a 100% e indica-nos uma autonomia de 388 km, ainda desconhece a rota que vamos propor. Está bastante nublado e fresco, de facto caíram quatro gotas de madrugada e temos uma temperatura de 9 ºC

Às 10h30, fazemos a paragem de rigor, estamos na Área de Serviço de Empordà, todo um clássico nos nossos desafios, tomamos um café, fazemos um chichi e a foto de controlo. Temos 66 % de bateria que nos permitiria fazer, a este ritmo de 15,3 kWh/100 km, mais 246 km.

Hoje, não sopra a Tramuntana e, portanto, continuamos rumo ao seguinte controlo, em frente ao museu Dalí de Figueres. Na capital de Ampurdáà faz um sol radiante e após a foto de rigor, enfrentamos a N-260 a caminho de Besalú, ajustando a nossa condução para não aumentar o consumo e reservar bateria nas subidas que se aproximam.

É meio dia e estamos em La Garrotxa, concretamente no RAPTION 50 do estacionamento do restaurante B-CREK de Olot, não parámos aqui para carregar, todavia, temos 43% de bateria e 155 km de autonomia. Parámos para cumprimentar o nosso amigo e colaborador Albert Fàbrega que nos explica que está prestes a iniciar o que poderíamos dizer um “Santo Desafio” sobre o qual se podem informar se entrarem no seu canal do YouTube.

Continuamos a rota no sentido dos túneis de Bracons, aqui, já sabem, a coisa complica-se, temos plena confiança nos clássicos, no entanto...

Faz um dia radiante, a temperatura é de 11 ºC e o tráfego ligeiro. As rampas dos túneis pedem-nos um aumento de potência que o Nissan LEAF e+ entrega com facilidade e de forma imediata e, facto, ultrapassa-os com um aumento no consumo médio acumulado até os 16,6 kWh/100 km e uma perda de autonomia calculada da ordem dos 30 km, ainda que a subida não ultrapasse os 14 km. Nota-se muito que as rampas são de uma média de 3,5%.

A partir daí, a C37 leva-nos às proximidades de Vic onde nos ligamos à C25 na direção de Manresa, na estação de serviço de Gurb fazemos o último controlo fotográfico da jornada, são já 240 km percorridos e mantemos um terço de bateria pelo que não vemos perigar, em momento algum, o nosso objetivo que dista menos dos 100 km que nos indica o computador de bordo que nos indica que baixámos para 15,5 kWh/100 km e os números saem.

Chegamos à Circutor às 14h30, o nosso consumo baixou para 15,1 kWh/100 km e, depois de 332 km, todavia retemos 9% de bateria e o veículo indica-nos uma autonomia de 15 km, portanto, vamos comer na cidade de Terrassa, sem carregar e deixamos finalmente o Nissan LEAF e+, no nosso RAPTION 50 ligado à tomada CHAdeMO carregando a 50 kW com o qual recuperaremos 80% da bateria em pouco menos de uma hora.

Resultados do Desafio de Autonomia - Nissan LEAF e+

Sabíamos que poderíamos conseguir, apesar das baixas temperaturas que afetaram o rendimento da bateria. É necessário ter em conta que o carro deixa de mostrar a sua autonomia quando a bateria alcança 3% de carregamento, mas da experiência adquirida nos testes do EcoBest de novembro de 2021 sabemos que este modelo reserva energia para percorrer, todavia, mais de 35 km.

Conclusão:

O melhor de tudo? sem nenhuma dúvida é que podem fazer esta ou qualquer outra rota com este carro sem ter de o comparar uma vez que o Car-Sharing está preparado para todos e que com a fórmula de MEC de incluir o carregamento na quota de aluguer permite não ter que se preocupar com nada que não seja desfrutar a experiência.

Agradecimentos:

Esclarecimentos:

A volta Solidária é um percurso de 20 km com saída e chegada à sede da Circutor, em Viladecavalls, que passa por estradas secundárias, muito reviradas e com desníveis de até 250 m.

A volta EcoBest é um percurso misto de 60 km que inclui, aproximadamente, 50% da autoestrada, 25% da cidade e o restante em vias interurbanas, muito similar à distribuição do ciclo WLTP.

Todos os nossos desafios se baseiam em conseguir a máxima autonomia em condições de circulação real empregando técnicas de condução eficiente e velocidades moderadas, sempre por cima da mínima assinalada em cada via.