Reto Autonomía – KIA e-Niro

Este fim-de-semana, no nosso desafio de autonomia, pomos no limite o sucesso de vendas no mercado espanhol de veículos elétricos que no passado mês de janeiro vendeu 233 unidades, o KIA e-Niro. Nesta ocasião não será através de uma colaboração externa, mas sim interna, uma vez que conduziremos um veículo de frota do Serviço de Assistência Técnica da Circutor. Como se comportará este campeão em temperaturas de inverno.

Um SUV, que a marca coreana oferece com diferentes motorizações de gasolina híbrido, híbrido plugin e 100% elétrico, portanto, montado sobre uma plataforma que não foi exclusivamente criada para veículos com baterias.

Na sexta-feira, conseguimos fazer os testes habituais de condução, a fim de nos familiarizarmos com o veículo e também com a sua eficiência e carregamento. Muito interessante, por certo, o facto de que a regeneração de energia empregando o motor elétrico como travão se possa ajustar de forma simples e rápida empregando as alavancas situadas nas laterais do volante.

Estes dados indicam-nos que, com uma condução eficiente, podemos alcançar consumos muito próximos aos homologados e, portanto, ultrapassar uma rota de 400 km de forma folgada.

Foi um desafio dividido em duas partes:

Na primeira etapa, realizada no sábado de manhã, acompanhou-nos o amigo Albert Sagarra, ao volante de um flamejante BMW iX Drive40 com 71 kWh líquidos perante os 64 kWh do nosso coreano.

Alberto aceitou fazer o desafio dos 300 km, pouca coisa, se tivermos em conta que a baleia germânica, apesar das 2,5 Tm de peso, homologa 425 km WLTP, decidimos ser prudentes.

Encontramo-nos em Santa Perpètua de la Mogoda, vinha de Caldes de Montbui e nós desde Viladecavalls. No ponto de encontro o BMW tinha 93% de bateria e 313 km de autonomia no display. O e-Niro indicava-nos 96% de bateria e 419 km tendo feito já 26 km desde o carregamento completo.

A nossa rota leva-nos até às portas do Museu Dalí, em Figueres, pela autoestrada A7, a temperaturas de 10 a 14 C. Neste ponto, o Niro todavia mantém 70% de capacidade e promete-nos 297 km mais, com um consumo acumulado de 14,3 kW/100km ao longo dos 150 km que já fizemos. Fizemos magia? o veículo indicou-nos 433 km de autonomia ao ser carregado e se agora somamos ao que fizemos e os que, todavia, nos indica o computador de bordo poderíamos fazer 450 km no total. É simplesmente o resultado de uma condução eficiente.

No entanto, como temos o BWM a estas alturas? ora o Albert não fez nada mal e também conseguiu um pequeno melro, a sua bateria até a 61% e a sua autonomia, calculada pelo veículo é de 231 km depois de ter feito 137,7 km, portanto, um total de 368 km, afastados da homologação, mas suficientes para fazer o regresso a casa?

Após a nossa passagem pelo Museu Dalí, em Figueres, ambos os veículos participantes no #CircutorElectroChallenge apanhamos a estrada N-260 em direção à bonita localidade de Besalú para depois apanhar a A-26 até Olot.

Na capital de La Garrotxa, depois de quase 190 km percorridos desde a saída, o e-Niro todavia retém 61% da bateria e indica-nos uma autonomia de 254 km mais, com um consumo de 14,7 kWh/100 km, um aumento relativamente aos registos em Figueres uma vez que a orografia vai-se complicando.

O BMW neste ponto retém 50% da sua capacidade com uma autonomia de 180 km e um consumo de 18,4 kWh/100 km suficientes para enfrentar com tranquilidade o principal obstáculo da rota, os túneis de Bracons, com pendentes de até 6,5% que enfrentamos com a calma de saber que temos uma via extra.

Por questões de logística familiar, Albert e a sua Baleia BMW deixam-nos à altura de Vic para continuarmos a descer pela C-17 e vento favorável até casa onde chegam com 28% de bateria e 121 km de autonomia, graças a um incrível consumo de apenas 17,5 kWh/100 km. Fazendo as correções, a autonomia total teria estado em torno dos 400 km, muito próximo dos 425 que homologa a WLTP. Um craque da eficiência!

Quanto ao e-Niro e depois de passar por Manresa, chegamos à sede da CIRCUTOR, às 2 da tarde, depois de percorrer 305 km, com um consumo de 13,9 kWh/100 km retendo 36% de bateria e uma autonomia estimada de 154 km, ou seja, somando os km feitos e remanescentes poderíamos alcançar os 459 km. Será possível?

Fica claro que é necessário continuar a circular para tratar de verificar se isto é assim ou se o computador que nos indicava apenas 433 km à saída está a enganar-nos...

Depois de carregar as baterias do equipamento humano com um bom menu, toca a continuar esta aventura e revelar, finalmente, dará o sim ao KIA e-Nero.

Iniciamos a marcha desde Terrassa em direção em Manresa pela C-58 através de Coll Cardús até à sua união com a C-55, onde viramos para Olesa de Montserrat e Abrera, com um terreno muito favorável onde predomina a descida, do mesmo modo que faz o resto da nossa rota na direção de Barcelona pela A-2 até ao porto da cidade. Este terreno, tão favorável, permite-nos descer o consumo acumulado desde o início do desafio até valores algo mais elevados do que nos testes anteriores, mas ainda abaixo da homologação.

Resultados do Desafio de Autonomia - KIA e-Niro

Conclusão:

Conseguimos demonstrar que, neste intervalo de temperaturas, empregando técnicas de Condução Eficiente, o KIA e-Niro é capaz de superar a autonomia homologada pela marca empregando o ciclo WLTP.

Também cabe destacar que os algoritmos de cálculo do veículo mostraram no ecrã, sempre, uma autonomia muito estável e bastante similar à, finalmente, obtida, com um máximo de 485 e um mínimo de 433 km. Uma vez finalizado o carregamento o carro indicava estar preparado para repetir a experiência com 466 km de autonomia calculada.

Agradecimentos:

Esclarecimentos:

A volta Solidária é um percurso de 20 km com saída e chegada à sede da Circutor, em Viladecavalls, que passa por estradas secundárias, muito reviradas e com desníveis de até 250 m.

A volta EcoBest é um percurso misto de 60 km que inclui, aproximadamente, 50% da autoestrada, 25% da cidade e o restante em vias interurbanas, muito similar à distribuição do ciclo WLTP.

Todos os nossos desafios se baseiam em conseguir a máxima autonomia em condições de circulação real empregando técnicas de condução eficiente e velocidades moderadas, sempre por cima da mínima assinalada em cada via.