disparo diferencial protección eléctrica

Com frequência o dispara o diferencial da sua instalação? Siga estes passos para solucionar este problema

Circutor | 7 de Julho de 2022

Na CIRCUTOR deparamo-nos frequentemente com instalações que apresentam problemas de disparos nos diferenciais, o que leva a perturbações e paragens nos processos de produção e que, em algumas ocasiões, chegam a ser críticos. Perante estas circunstâncias, é indispensável dispor de informação básica da instalação para poder fazer uma análise completa das causas dos disparos. Só assim é possível encontrar a melhor solução de uma forma rápida, eficaz e, certamente, segura.

Esperamos que o que iremos descrever em seguida lhe seja útil para pôr fim aos disparos nos diferenciais das suas instalações.

Em primeiro lugar, quando uma instalação apresenta disparos intempestivos de diferenciais é imprescindível que reúna a seguinte informação:

Tipo de regime de neutro da instalação: TT, TN (TN-S ou TN-C) ou IT.

Esta informação serve para verificar se é oportuno usar dois diferenciais. Pode encontrar informação adicional das caraterísticas dos distintos regimes de neutro e as suas considerações em relação à proteção diferencial nestas ligações.

Outro dos pontos-chave é conhecer o esquema da instalação: pode servir tanto um esquema trifilar como unifilar. Em todo o caso, devem indicar-se, pelo menos, estes dados:

Esquema unifilar cargas

Disposição dos interruptores diferenciais da instalação: terá de se indicar sempre a sensibilidade, tempo de atraso ajustado na proteção, tipo de diferencial (AC; A; F ou B), marca e modelo do diferencial (para conhecer melhor as suas prestações) e os diferenciais diretos ou os que têm um transformador externo associado. Uma má escolha do tipo diferencial pode estar a provocar disparos. Em muitas ocasiões. os disparos podem de facto ser facilmente evitados utilizando diferenciais devidamente imunizados contra perturbações transitórias ou harmónicas.

Margem de disparo entre 85% - 100% da sensibilidade.

Resposta de frequência com filtragem de fuga de alta frequência.

Mais imunidade a transistores de rede até 3 kA para impulsos de 8/20 μs

O esquema unifilar: também deverá indicar o tipo de cargas que existe na instalação, bem como a sua relação de potência (kw) ou corrente (A). Isto é de vital importância, dado que um dos pontos críticos na escolha do diferencial é o transformador adequado para a corrente de carga associada. Há que ter em conta que pontos de corrente superiores aos tolerados pelo transformador geram falsos disparos.

Possíveis problemas: há que assinalar de forma clara no esquema quais os diferenciais que apresentam problemas de disparos.

Também pode ser bastante útil conhecer a casuística quando se produz o disparo: é completamente aleatório?, em que momento se produz?, a uma hora concreta do dia?, quando começa um processo concreto? Às vezes, podemos relacionar o disparo com uma causa-efeito.

Se o diferencial que dispara é um sistema indireto (ou seja, relé + transformador) e as correntes começam a alcançar certos valores (>400A), é bastante útil verificar como os cabos de potência estão passados por dentro do transformador. Uma disposição medíocre, com os cabos pouco centrados ou embutidos devido à escolha de um transformador demasiado pequeno, ou com cotovelos perto do centro do transformador, pode afetar de forma determinante a medida de corrente de fuga, originando estes disparos falsos.

Por último, embora não menos importante, é também útil conhecer o valor de fuga com que o diferencial dispara. Esta informação só está disponível quando o diferencial dispõe de display ou comunicações, já que alguns dispositivos (como a família RGU de CIRCUTOR) guardam o valor do último ciclo antes do disparo. Este valor pode dar-nos pistas muito importantes para descobrir a origem do problema.

RGU-100B Relé de proteção e monitorização diferencial de tipo B

Visualización y monitorización en tiempo real RGU100B

Visualização e monitorização em tempo real: Fuga em alternada + Fuga em contínua= Fuga total

Sempre que possível, também será útil tomar medidas com um analisador portátil dos parâmetros elétricos da instalação. Bem como medir a corrente de fuga naqueles circuitos que apresentem os problemas.

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MYeBOX   Analisador de redes portátil trifásico com registo de eventos de qualidade e transitórios

Seguir estes passos dar-lhe-á a informação necessária e pode ajudar a comprovar se a escolha das sensibilidades, os tempos de atraso e o tipo de diferencial são adequados para o tipo de carga que estão a proteger. Também faz com que seja comprovar que a seletividade vertical cumpre as condições amperimétricas, cronométricas e de tipo que são necessárias para evitar disparos em subquadros ou quadros gerais.

A análise de toda esta informação dá-lhe algumas luzes sobre o assunto e pode ajudar a encontrar a melhor solução.

ESCRITO POR CIRCUTOR

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