Circutor | 10 de Janeiro de 2023
No vídeo seguinte explicamos-lhe as 3 chaves para configurar corretamente a sua proteção diferencial que deverá ter em conta para assegurar o bom funcionamento dos seus equipamentos de proteção diferencial e evitar perigos elétricos tanto para as pessoas, como para os bens da sua instalação.
Os quase 50 anos a fabricar equipamentos de proteção diferencial serviram-nos para poder definir as boas práticas na instalação de diferenciais. Por este motivo, queremos apresentar-lhe 3 conselhos fundamentais de configuração para assegurar a sua correta colocação em funcionamento e evitar problemas devido a disparos intempestivos da sua proteção diferencial.
O objetivo principal da coordenação vertical da proteção diferencial é assegurar o disparo do equipamento mais próximo ao ponto onde ocorre a fuga, garantindo a continuidade de serviço na restante instalação. Ou seja, que uma fuga produzida numa carga não faça disparar os diferenciais instalados a montante.
Para o garantir devemos assegurar três tipos de coordenação vertical:
A coordenação amperimétrica assegura que, ao ocorrer uma fuga de corrente para terra, disparará sempre o diferencial situado mais próximo do problema. Para tal, devemos configurar corretamente a sensibilidade de corrente em todos os diferenciais, evitando o disparo dos situados a montante do diferencial situado na carga.
De acordo com a experiência que adquirimos na venda e instalação de proteção diferencial, podemos aconselhar que quando dispomos de vários diferenciais instalados em cascata e queremos evitar disparos devido a uma má configuração, devemos configurar a sensibilidade do relé instalado a montante com uma corrente 3 vezes superior ao diferencial situado a jusante. Desta forma, teremos em conta os valores de disparo que indica a normativa garantindo que não se sobrepõem os valores entre o diferencial a montante e o situado no pé da máquina.
A coordenação cronométrica assegura que os tempos de disparo dos diferenciais não se sobrepõem. Recomendamos que o tempo máximo de disparo entre o diferencial a montante é duas vezes superior ao de a jusante. Com este tipo de programação asseguramos que sempre que disparar o diferencial mais próximo à carga, assegurando a continuidade de serviço em todas as linhas superiores.
Existem vários tipos de proteção diferencial em função do tipo de fuga que possa ocorrer na instalação. Para assegurar o disparo no ponto em que ocorre a fuga, devemos ter em conta que o diferencial situado a montante seja do mesmo tipo que o de jusante ou superior.
Se não selecionarmos o tipo de diferencial correto a montante é muito provável que, ao surgir um defeito na instalação, tenhamos disparos a montante que desconectem parte da instalação, afetando linhas que não sofram qualquer tipo de avaria.
De acordo com a normativa existem 4 tipos de diferenciais, definidos na tabela seguinte:
Proteção Tipo CA
Deteta apenas corrente residual alternada.
Proteção Tipo A
Deteta corrente residual alternada e pulsante.
Proteção Tipo F
Deteta corrente residual alternada até 1 kHz e pulsante.
Proteção Tipo B
Deteta corrente residual alternada até 1 kHz, pulsante e pura contínua.
De acordo com IEC 60755; IEC 61008-1; IEC 62423; IEC 60947-2-M
Seguindo as informações da imagem superior vemos que o tipo com mais prestações é o tipo B, seguido do tipo F, tipo A e tipo CA. Portanto, podemos definir que:
Estes três pontos serão a chave para garantir uma correta coordenação da proteção diferencial da instalação.
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ESCRITO POR CIRCUTOR