A eficiência energética na electricidade tem um papel importante a desempenhar face a uma procura energética cada vez maior. As previsões a curto prazo da procura de energia apontam para uma série de problemas globais:
Existem basicamente duas razões para esta análise: A primeira razão é a elevada dependência de combustíveis fósseis:
A segunda razão é que 15% da população mundial consome 53% da energia gerada e com as economias emergentes em processo de desenvolvimento, espera-se que o seu consumo de energia aumente.
A fim de tornar as necessidades energéticas actuais e futuras compatíveis com o ambiente e as economias, há duas linhas de trabalho muito importantes:
A implementação das energias renováveis
Uma utilização racional e consciente da energia, por outras palavras, a necessidade de políticas fortes de Eficiência Energética.
Entende-se por eficiência energética eléctrica a redução das potências e energias exigidas ao sistema eléctrico sem afectar as actividades normais realizadas em edifícios, indústrias ou qualquer processo de transformação.
Para além disso, uma instalação electricamente eficiente permite a sua optimização técnica e económica. Ou seja, a redução dos custos técnicos e económicos de exploração.
Assim, um estudo de poupança e eficiência energética aborda três pontos básicos:
De um ponto de vista técnico, para a realização de uma instalação eléctrica eficiente são indicados quatro pontos básicos:
Uma vez explicados os quatro pontos básicos, é colocada uma série de perguntas relativamente a cada um. Estas pretendem identificar os objectivos a trabalhar para ter uma instalação electricamente eficiente.
A sua contratação eléctrica está adequada às suas necessidades?
Sabe que uma onda eléctrica de má qualidade poderá afectar os seus processos produtivos?
Está consciente de como, quando e onde consome a energia?
Tem a certeza de que toda a energia que está a consumir é necessária?
Pode reduzir os seus consumos de energia eléctrica sem afectar os processos ou actividades realizadas?
É possível uma melhoria do rendimento das instalações?
Existe forma de evitar as paragens e as avarias dos seus equipamentos eléctricos?
Poderá assim melhorar a produtividade dos seus processos?
O primeiro passo a dar num processo de eficiência de energia eléctrica é o diagnóstico e a auditoria de energia eléctrica. Nesta, ir-se-á proceder de forma a recolher e a interpretar medições de potência e energia e também todas as variáveis necessárias para a posterior tomada de decisões.
Para tal, existem dois pontos-chave a ter em conta:
Não obstante, existem duas formas de realizar a auditoria que dependem da instalação do objecto de estudo:
Neste caso, é necessário realizado uma campanha de medições através de equipamentos portáteis de medida. Estes equipamentos permitem o armazenamento, na sua memória, de todas as variáveis seleccionadas (potências, energia, THD, corrente, etc.).
São realizadas as medidas como pontos que tenham sido considerados críticos ou necessários.
Em função do tipo de processo, determina-se a duração de cada um das medidas a fim de que a mesma seja representativa do estado do ponto medido. Os equipamentos portáteis de medida dispõem de grande flexibilidade mas, por outro lado, não permitem a realização de um acompanhamento do consumo de energia uma vez que tenham sido tomadas as decisões oportunas.
Aconselha-se então o exame dos pontos onde foram realizadas as medidas para a posterior instalação de um equipamento de medida fixo e comunicado com um software de supervisão e controlo PowerStudio Scada. Neste caso, o equipamento de medição portátil realiza uma função de suporte nos locais onde não se possa medir com equipamentos fixos.
Obtenção das informações do sistema de medida e supervisão PowerStudio Scada existente na instalação, através dos dados armazenados nos históricos. Desta forma, para além da rapidez na obtenção das informações, poderá realizar-se, posteriormente, um acompanhamento das variáveis mais importantes.
A instalação de equipamentos de electrónica e potência é uma realidade devido às vantagens que apresentam ao nível de poupança energética e facilidade de regulamentação, ou seja, conforto.
Entre estes equipamentos devemos destacar todos os que regulam ou convertem algum tipo de magnitude eléctrica como SAI, variadores de velocidade, arrancadores, interruptores de regulação, etc. para além dos computadores.
No entanto, a utilização destes equipamentos, com todas as suas vantagens eléctricas, alberga a geração tanto de fugas para terra como de má qualidade de onda. Ou seja, correntes harmónicas e de altas frequências.
Não obstante, é importante a diferenciação entre qualidade de fornecimento eléctrico e qualidade da onda, a qual permite conhecer a origem das perturbações.
Tal como se indicou anteriormente, uma instalação eficiente, para além da redução do consumo eléctrico, abrange uma redução dos custos de exploração da instalação.
Para facilitar a sua compreensão explica-se, em seguida, cada um deles de forma detalhada.
Quais são:
Entende-se como custo técnico a perda da capacidade de transporte e distribuição, bem como aquecimentos (perdas por efeito de Joule), perturbações e quedas de tensão em instalações e sistemas eléctricos.
Quem os produz:
As causas responsáveis desta saturação das instalações são as seguintes:
Como se reduzem:
A redução dos custos técnicos realizam-se através de:
O que abrange a melhoria dos custos técnicos:
Quais são:
Os próprios de uma factura não optimizada e os custos em consequência dos custos técnicos gerados. Podem classificar-se em dois tipos:
1- Custos visíveis
Os que se deduzem da interpretação da factura eléctrica:
Como se reduzem
Através de um estudo da factura eléctrica podemos definir as acções adequadas para reduzir este custo global.
2- Custos invisíveis
Quais são
– Todo o consumo de energia desnecessário. O custo que representa tanto em termo de potência, como de energia, de todos os consumos que não são realmente necessários ou que podem ser prescindíveis durante um certo tempo.
– Todos os que têm a sua origem nos custos técnicos e na utilização de receptores que gerem perturbações. Estes, não sendo evidentes, poderão representar um gasto importante para a empresa. Dividem-se, à vezes, em dois tipos:
Como se reduzem
O que abrange a melhoria dos custos económicos visíveis e invisíveis
Quais são
As emissões de CO2 produzidas pelo consumo de energia não necessária ou imprescindível.
Para dar uma ideia da magnitude, 1 MW·h gerado por energias fósseis abrange uma emissão de 1 tonelada de CO2. Se falarmos em energia eléctrica mista gerada por energias primárias fósseis e renováveis o rácio é de aproximadamente 0,6 toneladas de CO2 por cada MW·h.
Como se reduzem
Através de uma abordagem geral do consumo de energia global de uma indústria ou empresa.
Portanto, terá associada uma auditoria prévia que determine os seguintes pontos:
O que abrange a melhoria dos custos ecológicos
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