As cargas domésticas e industriais contêm cada vez mais circuitos eletrónicos que se alimentam de corrente que não é senoidal pura. Assim, por exemplo, os motores utilizam cada vez mais a regulação de frequência que requer uma passagem de corrente alterna (CA) e corrente contínua (CC) e depois de CC para CA. Dado que o fornecimento habitual é de CA, isto implica uma utilização cada vez mais intensa de conversores eletrónicos (retificadores, onduladores, etc.) para realizar estas transformações CC-CA e CA-CC. O mesmo acontece com cargas habituais como computadores, iluminação LED e de descarga, elevadores...
Do ponto de vista da rede elétrica, isto traduz-se nesta dever alimentar um grande número de cargas que retificam a corrente e por ela, a forma de onda da corrente que consomem fica alterada, de forma que já não é uma onda senoidal, mas sim uma superposição de ondas senoidais com frequências múltiplas da frequência de rede (harmónicos). As figuras 1 e 2 mostram o consumo típico de uma rede com retificadores monofásicos e outra com retificadores trifásicos. Este tipo de correntes são as mais abundantes em instalações como escritórios, centros comerciais, hospitais...e são formadas por uma componente de 50 ou 60Hz (frequência fundamental da rede) e uma série de componentes de frequências múltiplas em diferentes percentagens. Estas percentagens podem ser medidas com um analisador de harmónicos, bem como a taxa de distorção total, THD, que indica a relação entre o valor eficaz de ondulado e a eficácia da componente fundamental.
A consequência dos consumos não senoidais é de que a tensão sofre também uma certa distorção devido às quedas de tensão nas impedâncias de linhas e transformadores. Nos registo poder-se-á observar uma leve distorção da tensão na rede monofásica (THD baixo) e uma distorção mais forte no exemplo trifásico. Em ambos os casos, a corrente tem formas muito diferentes da senoidal com valores de THD mais altos. Para regular o tema e limitar os níveis de distorção de tensão nos pontos de ligação dos fornecimentos à rede pública, existe uma série de normas internacionais que estabelecem limites de emissão de harmónicos para os equipamentos e sistemas que se devem conectar à rede (Tabela 1), as mais importantes são as relativas aos níveis de compatibilidade. |
Podemos compreender melhor os problemas de harmónicos baseando-se em alguns conceitos básicos que foram publicados em inúmeros artigos e livros e que resumimos em seguida:
Em resumo, a solução do problema de harmónicos é uma solução a dois níveis: Por um lado, o utilizador deve limitar a quantidade de correntes harmónicas que geram os seus recetores e deve procurar distribuir dentro da sua unidade com baixa impedância por metro de linha. Por outro lado, a companhia distribuidora deve garantir um mínimo de potência de curto circuito e deve velar para que os utilizadores não ultrapassem certos limites de distorção para que não prejudiquem os seus vizinhos que partilham com eles a rede.
Quanto os níveis de harmónicos gerados por alguns recetores não são admissíveis para o sistema de distribuição que os alimenta, devem aplicar-se filtros de correção. Neste artigo, vamos centrar-nos e desenvolver o tema da filtração.
Limites de compatibilidade por harmónicosA presença de harmónicos na rede tem várias consequências. As mais importantes são as seguintes.
Para evitar este fenómenos, as normas estabelecem um mínimo de qualidade de fornecimento que é fixo limitando os níveis máximos de distorção na onda de tensão fornecida no ponto de acoplagem à rede pública (PCC). Estes limites denominam-se limites de compatibilidade. A tabela 1 indica um resumo de ditos limites, pelo que se refere a harmónicos em redes industriais de BT. As diferentes classes mencionadas em dita tabela correspondem a:
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Los armónicos de tensión se deben a la caída de tensión que producen los armónicos de corriente sobre las impedancias de la red de distribución. Este hecho se ilustra en la fig. 2. Así pues, el alcanzar estos límites depende de dos factores:
La tabla 3 da los valores límites de emisión en redes de baja tensión, fijados por la norma EN-IEC-61000-3-4 para acometidas en las que la potencia instalada en elementos perturbadores no supere el valor (33 x Scc), donde Scc es la potencia de cortocircuito que corresponda a esta acometida (Parte proporcional de la potencia de cortocircuito total que corresponda a la potencia contratada).
Alguns dos problemas de perturbações que indicámos anteriormente podem ser mitigados e corrigidos através de filtros. Os filtros ativos são a solução ideal para instalações com grande quantidade de cargas monofásicas e trifásicas que sejam geradoras de harmónicos e com diferentes regimes de consumo.
Os filtros ativos são equipamentos baseados em conversores com modulação de largura de pulso PWM. Pode distinguir-se dois tipos: Filtros de série e filtros paralelos. Habitualmente, para cumprir com as normas IEC-61000-3.4 e IEEE-519 utilizam-se filtros paralelos, cujo princípio de funcionamento consiste na injeção à rede, em contrafase, dos harmónicos consumidos pela carga, através de um ondulador. A fig.3 ilustra este princípio de funcionamento mostrando as correntes de carga, de filtro e de rede. Vê-se que da soma de ICARGA + IFILTRO é obtida uma corrente IREDE que é senoidal.
Os equipamentos de filtração foram incorporando funções complementares para se adaptarem às modificações nas instalações, quer sejam ampliações ou alterações das máquinas que possam necessitar de mais filtração de determinados harmónicos ou de um equilíbrio entre fases. Também é útil dispor de uma compensação de energia reativa nestes equipamentos. | "Interação fácil |
Como solução para os problemas anteriormente mencionados, a CIRCUTOR dispõe do novo filtro ativo AFQevo. O seu novo design permite oferecer vantagens como:
A importância de uma boa instalaçãoPara conseguir os melhores resultados, convém dispor de filtros como os AFQevo que são instalados e geridos de forma simples. As funções que mais facilitam a colocação em funcionamento são:
| "Eles ajudam a melhor |
Filtros ativos são CFA muito versátil, permitindo diferentes configurações e modos operação. tudo para guardá-las em instalações de tipos diferentes e, na maioria várias situações.
A presença de harmónicos nas redes de distribuição é cada vez maior, causando uma série de problemas de deterioração da qualidade da onda de tensão, tornando necessário um sobredimensionamento das instalações e ocasionando perdas adicionais significativas. À margem da existência de normas que limitam o consumo de ditos harmónicos, é conveniente a filtração de ditos harmónicos, uma vez que permite otimizar as secções de cabo, as potências dos transformadores de distribuição e reduzir as perdas nas instalações e evitar perdas de produção.
A solução do problema passa por um design global e racional de filtros de harmónicos, como os filtros ativos, o qual permite solucionar o problema com custos razoáveis e facilmente amortizáveis na poupança de perdas, melhoria da vida de alguns componentes das instalações e otimização das infraestruturas de distribuição (cabos de canalizações, transformadores, etc.).
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